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A mobilidade social

  • Raquel Mendes
  • 15 de nov. de 2016
  • 3 min de leitura

A Mobilidade Social é um conceito da sociologia que define as mudanças de classes (de indivíduos ou grupos sociais) dentro de uma organização e/ou estrutura social hierárquica. Do Latim, o termo mobilidade surge do verbo “Movere”, que significa deslocar, colocar em movimento.

A mobilidade social está intimamente relacionada aos tipos de estruturas sociais, ou seja, numa sociedade estamental (definida pelos estamentos), característica do período feudal medieval, a pirâmide social não permitia a mobilidade social.

Assim sendo, naquele período, se o indivíduo nascesse dentro de uma família nobre, ele morreria nobre; da mesma maneira ocorria para os outros estamentos, ou seja, os servos, que trabalhavam para os senhores feudais, não possuíam a possibilidade de se tornarem de outro grupo.

A estrutura da sociedade estamental na Idade Média estava baseada no sistema feudal, o qual permitia os senhores das terras (denominados de senhores feudais), utilizarem da força de trabalho dos servos, que por sua vez realizavam as tarefas em troca de proteção e alimentos, entretanto, possuíam uma qualidade de vida muito inferior em relação aos outros estamentos, definidos hierarquicamente por: Rei-Nobreza-Clero-Povo.

No entanto, esse panorama muda com a decadência da Idade Média e o início da Idade Moderna. Nesse sentido, vale ressaltar que no período denominado Baixa Idade Média (XI-XV), a Europa passava por diversas transformações no universo político, econômico, científico, social e cultural, posto que o comércio se intensificava cada vez mais, com o surgimento de novas rotas marítimas, as Cruzadas e a abertura do Mar Mediterrâneo.

Além disso, os servos dos feudos, insatisfeitos com essa “imobilidade social” passaram a frequentar locais mais próximos das cidades amuralhadas medievais (denominados burgos), com o intuito de adquirir uma vida melhor. Note que, os burgos anteriormente faziam parte dos bens dos nobres e senhores feudais, que o consideravam um centro administrativo e religioso.

A partir do surgimento de uma nova classe social (a burguesia), mudança no sistema econômico (introdução da moeda como valor de troca) e as descobertas científicas, a população europeia vai adquirindo uma nova mentalidade, pautada nos valores do humanismo renascentista (antropocentrismo), em detrimento do teocentrismo que imperava no período do medievo.

Essa nova classe social formada por mercadores, comerciantes e os mais diversos profissionais, se reuniam para vender seus produtos pelo menos uma vez por semana. Essas aglomerações próximas às Igrejas e por vezes, dentro dos burgos, deram início às "feiras livres", bem como foram moldando os ideais dessa nova classe que surgia, a burguesia, e de um sistema capitalista primitivo.

Conclusão...

Todas essas mudanças e sobretudo, o surgimento da classe burguesa, modificaram essencialmente a estrutura social e econômica da Europa, a qual permitiria, a partir daí, a mobilidade social, pautada numa sociedade estratificada e hierarquizada. Em outras palavras, a sociedade estratificada (dividida em estratos) aceita a mudança de posição social (ou status social), dentro da estrutura social definida ou pelo menos deveria aceitar em vista das condições apresentadas. Atualmente vivemos muitas vezes na falsa ilusão de mobilidade, mas podemos ver claramente que na nossa sociedade brasileira, nossos governantes que deveriam zelar pelo nosso bem e principalmente dos menos favorecidos, estão utilizando os recursos para se favorecer. Até na educação, que deveria ser um direito de cada um e este incontestável, estamos perdendo para eles. Contudo, é pela educação e conhecimento que o ser humano tem a chance de melhorar de vida criticar atos equivocados de seu governo e lutar por mudanças e sem ela estamos entregues nas mãos de pessoas preconceituosas e que não querem a ascensão do povo brasileiro, mas sim favorecer a uma minoria (já favorecida) enquanto somos levados pela ideologia a acreditar que “é assim porque tem que ser”.


 
 
 

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Alunos do 1º Ano do Ensino Médio na realização de um trabalho de Sociologia.
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