Por trás da Ilha das Flores
- Nathaly Souza
- 17 de nov. de 2016
- 2 min de leitura
Já falamos sobre o documentário Ilha das Flores (migre.me/vwk3g). Agora, falaremos sobre um segundo documentário:
Este novo documentário é feito pela Editorial J, em 2011. A editora vai até a Ilha dos Marinheiros, local onde foi gravado o primeiro documentário, e conversa com os moradores que foram personagens do filme há 27 anos atrás.
Acontece que neste novo documentário é mostrada uma realidade paralela, desconstruindo aquilo que pensávamos que sabíamos. Ele começa narrando da mesma forma que o primeiro documentário, mas muda quando as entrevistas começam.
Havia uma rede de supermercados que levava para ilha aqueles diversos alimentos que não podiam ser colocados nas prateleiras para dar aqueles que moravam na ilha por um representante. Mas isso foi impedido pela vigilância sanitária, que vetou as doações.
Os moradores foram pagos para fazer a cena na qual pegavam o alimento que era "resto dos porcos", pegando os piores. Foi prometido a eles que ganhariam o filme, só que poucos os viram.
E é nesta parte que se descobre o outro lado da Ilha das Flores. Muitos pensaram que participar do documentário traria algum benefício para a ilha, quando na verdade foi muito prejudicial do ponto de vista da maioria dos moradores que foram incluídos na sociedade, sendo apontados como "comedores de restos de porcos".
Eles seriam pagos para catar o lixo, porém nunca viram o dinheiro.
De fato, quem não sabe o que há por trás pensa que o documentário é algo verídico e bem produzido. Porém, quando assistimos ao segundo documentário, temos um choque de idéias.
Todas as pessoas deveriam assistir "Ilha das Flores", mas, logo após, assistir "Ilha das Flores: Depois que a sessão acabou".
NÃO ENCUBRA ESSA DISCRIMINAÇÃO!
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